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Se você tem um pet, mas é nômade ou apaixonado por viagem, sinto informar, mas você terá ainda mais “checks” para dar na sua lista de tarefas antes de cair na estrada…
Ter um cachorro, como no meu caso, demanda muitas responsabilidades – além de dar água, comida e passeios pelo bairro. Na minha rotina nômade, por exemplo, ou em qualquer viagem que eu faça, o bem estar do Koa (meu dog) sempre fica em primeiro lugar.
Decidir levar o seu pet para viajar com você exigirá adaptações e muito mais comprometimento da sua parte. Se quer levá-lo, primeiro verifique se você está disposto a renunciar de um pouco de tempo, alguns lugares da sua lista e de um dinheirinho para investir na saúde, transporte e segurança do seu pet.
E claro, considere se a experiência também será boa para ele. Afinal, uma viagem deve ser agradável para todos os viajantes, não é mesmo?
E para te ajudar a conciliar viagem com pet, separei dicas e regras importantes em relação aos meios de transporte, hospedagem, vacinação e até a última opção nesse caso: deixá-lo fora dessa.
Saiba o que você vai encontrar neste artigo:
Enquanto escrevo este artigo, esta é a nossa realidade com o Koa – o meu pequeno dragão. Eu e o Gui estamos nômades de carro pelo Brasil, e o Koa anda para cima e para baixo com a gente.
Particularmente, ele é apaixonado por andar de carro: sai correndo pra entrar, não enjoa, dorme…
Então, caso você também vá viajar de carro com seu pet e queira viver uma boa experiência, se liga nas orientações abaixo!
Se a escolha do transporte for o carro, comece acostumando seu bichinho a passear nele. Leve brinquedos e petiscos para associar esse passeio com uma experiência positiva. Outra dica é colocar a caminha dele no banco de trás e dar algumas voltas na cidade, para que fique mais tranquilo com o ambiente e se sinta mais “em casa”.
Comece com viagens com trajetos curtos. Assim seu pet não ficará tão impactado, ao mesmo tempo que você vai entender como ele se comporta e reage. Pode ser que enjoe a depender das curvas na estrada ou da velocidade – como pode ser que durma ou não sinta nada demais. Conhecendo como ele age, você conseguirá se preparar melhor.
Essa dica funciona muito por aqui: passeie ou brinque com seu animal antes de começar a viagem de carro! Ofereça água, espere alguns minutos até ele se recompor minimamente e siga viagem. Cansado, as chances de ele dormir e vocês terem um trajeto sem maiores ocorrências é maior.
Se você é do tipo que vai na velocidade máxima permitida e só para no destino, saiba que terá que ter um pouco mais de calma. Programar paradas é essencial!
Seu bichinho precisa se esticar, fazer suas necessidades, se hidratar e, dependendo da distância, se alimentar.
A velocidade também deve ser controlada para que o animal não enjoe e acabe vomitando no carro. Para evitar surpresas e atrasos com a nova duração da viagem, lembre-se de adicionar alguns bons minutos, ou horas, ao tempo previsto pelo Waze ou Google Maps.
Em caso de longas distâncias a serem percorridas, colocar uma parada maior ou estabelecer um destino intermediário, ajuda a evitar fadigas para todos os viajantes.
Enfim, o óbvio precisa ser dito – até porque vejo muita gente pecando nesse quesito: utilize cinto de segurança, caixa de transporte ou cadeira apropriada para viajar de carro com seu pet!
A segurança dele está contemplada no Código de Trânsito Brasileiro, como lei, ou seja: nada de levar animais soltos, em parte externa do veículo (caçamba) ou nos bancos da frente. Descumprir a lei, além de colocar a integridade física de animal e tutor em risco, pode lhe custar uma multa de R$ 130,16 e perda de quatro pontos na CNH.
A caixa de transporte é melhor para animais de pequeno porte até médios, e deve ser adequada a cada raça e porte. A cadeirinha é mais interessante para os médios e varia com o peso do animal. Já para cães como o Koa (nosso boizinho, rs), o ideal mesmo é utilizar o cinto de segurança adaptado, que é preso no peitoral e no plug do cinto de segurança do carro. Grades de segurança também são interessantes parceiras do cinto adaptado, já que impedem o animal de interagir com as pessoas sentadas nos bancos dianteiros, ou avançar em caso de freadas mais bruscas.
Para viajar de ônibus, é preciso que sejam cumpridas as regras das empresas de transporte e as condições da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A carteira de vacinação deve estar atualizada e conter antirrábica.
Cães e gatos de pequeno porte, com no máximo 10 kg são permitidos desde que estejam com um Atestado Sanitário para Trânsito de Cães e Gatos. O documento deve ser emitido por veterinário credenciado no respectivo Conselho Regional de Medicina Veterinária com pelo menos 10 dias antes da viagem.
No caso de animais silvestres, a autorização de trânsito deve ser solicitada ao IBAMA. Animais de acompanhamento especial ou cães-guias podem acompanhar seus donos sem maiores burocracias ou taxas.
Os animais devem ser acomodados em caixas rígidas, forradas e confortáveis. Aproveite para incluir o cobertor ou brinquedo favorito. Ah, as caixas devem ser levadas na cabine do ônibus, junto a você!
Já nos ônibus municipais, a permissão e os critérios ficam a cargo de cada cidade. Portanto, considere ter que utilizar serviços de táxis e demais meios de transporte privados.
As empresas de ônibus limitam a quantidade de animais por viagem. Para ter certeza de todas as exigências, entre em contato com a empresa de ônibus que pretende utilizar e faça isso com antecedência!
Algumas exigências são parecidas com as de ônibus (Atestado e Cartão de Vacinas), mas as companhias aéreas são mais criteriosas.
É necessário entrar em contato com a companhia para verificar sobre as raças permitidas. Mas saiba que Pitbulls são proibidos em todas as empresas. Cães e gatos com focinho curto têm mais restrições.
A última refeição deve ser feita 2h antes do embarque. A hidratação é recomendada no aeroporto e antes do embarque. Sedação somente se for expressamente recomendado pelo veterinário, pois em condições de voo, podem ser perigosas ao animal.
O estresse do pet deve ser considerado. Por isso não chegue com tanta antecedência e, caso ele vá no porão da aeronave, deixe para despachá-lo próximo ao horário limite. Já na cabine, coloque-o em caixa fechada e abaixo do assento.
Na Azul, cada voo transporta no máximo 3 animais (1 por passageiro) de menos de 5kg, com taxa de R$250 por trecho. Saiba mais no site da empresa.
Na Gol, são permitidos cães e gatos em todas as classes, inclusive na premium. Não são aceitos comprovantes de vacinação de campanhas de rua e os animais viajam na cabine ou porão, a depender do tamanho. No compartimento de carga podem ser transportados até 30kg (animal + caixa) e a taxa é de R$90,00 + peso total + 1% do valor diário correspondente ao trecho voado. Saiba mais no site da empresa.
Na Avianca, fêmeas no cio, em processo de amamentação e animais não desmamados não são permitidos. Saiba mais no site da empresa.
Na Latam, apenas 1 animal de até 7kg por voo pelos aviões: Airbus 319, 320, 321 e Boeing 777. O custo do transporte do seu animal de estimação vai depender do tipo de serviço contratado (na cabine, no bagageiro ou por LATAM Cargo), seu tamanho e a rota em que estiver viajando. Saiba mais no site da empresa.
Ou seja: consulte a companhia área pela qual você vai viajar e marque logo o seu lugar – e do seu pet!
Além do seu meio de transporte, há outros pontos que você deve estar atento. Afinal, existem riscos em qualquer viagem!
Seu bichinho pode se perder, pegar alguma doença ou até ser barrado por não estar conforme às regras sanitárias… Mas apesar dos imprevistos, como bons tutores queremos prevenir tudo o que for possível!
Não vá pecar por besteira, né? Identifique o seu pet agora mesmo! Seja por meio de medalhinhas, coleiras, microchip ou todas (“o seguro morreu de velho!” rs). No caso de microchipagem, prefira um que tenha o padrão internacional (ISO 11784/11785) se pretende viajar para o exterior um dia. Nas medalhinhas e coleiras, coloque pelo menos as informações de nome do pet e seus telefones.
Faça uma visita ao veterinário e certifique-se que as vacinas, vermifugação e demais questões de saúde estão em dia! Aproveite para pedir instruções em caso de ferimentos, enjôo e alergias. Evite medicar por conta própria, mesmo porque, se algo der errado, os planos de viagem podem ir ladeira abaixo. Caso seu animalzinho tenha problemas de saúde: cuidado redobrado!
Depois que você definiu seu meio de transporte e verificou que está tudo certo com o seu pet… hora de definir a hospedagem!
Muitos hotéis, hostels, Airbnbs e proprietários que alugam quartos e apartamentos aceitam animais! Alguns cobram mais caro, outros podem pedir um depósito extra (para casos de danos materiais) e outros não mudam em nada o valor cobrado.
Mas temos que saber encontrar e conversar, já que nem sempre essa informação aparece nos anúncios.
Os filtros “pet-friendly”, “permitidos animais” e “aceitam-se animais de estimação” de sites como Booking, Airbnb e Hostelworld, já te ajudarão bastante! Mas não foque só nos filtros, principalmente em aluguéis e Airbnbs.
Muitos lugares não deixam a opção em evidência, mas descrições de hospedagem e até depoimentos de hóspedes que levaram seus animais, permitem detectar quais aceitam e quais são suas condições. E se tiver dúvida, não custa chamar o anfitrião e mandar aquela mensagem personalizada apresentando seu bichinho e você.
Ah, e quando sair de casa prefira levá-los com você para que eles não fiquem latindo e incomodando os vizinhos ou demais hóspedes. E se esforce para gerar boa impressão e receber boas avaliações! Assim, dificilmente terá problemas para ser hospedar novamente. Boa reputação é a alma do negócio!
Em mais um tópico de “o óbvio precisa ser dito“: na viagem, lembre-se de levar os famosos saquinhos para cocô e recolha-os sempre!
O uso de lencinhos umedecidos apropriados pode salvar um incidente com vômitos ou sujeira. Também é sempre bom tê-los de prontidão.
No caso de carros, capas de proteção de banco facilitam a vida! São muito mais fáceis de limpar, evitando a fadiga de um banco sujo.
Nas hospedagens, faça questão de não deixar sujeira para trás! Mostrar cuidado com a limpeza será melhor tanto para conseguir feedbacks positivos no Airbnb, quanto para que lugares pet friendly se mantenham pet friendly (e não aumentem ainda mais os custos pelo mau comportamento dos tutores).
Tudo bem… nem sempre o roteiro ou as condições permitem que levemos nossos amigos (eu mesma mochilei por 5 meses na Europa e não levei o Koa comigo). Nesse caso, as alternativas são:
• Deixar com amigos e parentes: lembre de instruí-los e recompensá-los, seja com dinheiro ou outros agrados.
• Deixar em hotéis para animais: vacinação, vermifugação e check-up de saúde podem ser exigidos para proteger o seu animal e os amigos dele de quatro patas!
Em ambos os cenários, certifique-se de preparar os itens essenciais e, no caso dos hotéis, contratar um serviço seguro!
Nada mais gostoso do que fazer o que amamos ao lado de quem amamos, não é? A companhia é boa, a diversão é garantida e as saudades são evitadas!
Dá muito mais trabalho, você terá responsabilidade dobrada e essa decisão também pode te gerar mais custos, mas ainda assim posso dizer que vale a pena.
E agora me conta, para onde você levaria seu bichinho? Deixa aqui nos comentários se você já teve essa experiência ou gostaria de ter. Se tiver qualquer dúvida, também é só comentar que te ajudo a resolver!
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