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- na estrada pelo Brasil
Ainda que sejamos nômades e vivamos pelas estradas desse mundo, nas últimas semanas estivemos rodeados da família.
Eu fui passar o dia das mães e o aniversário de 83 anos do meu avô em Floripa e aproveitei para estender os dias por lá para matar as saudades de queridos amigos e de outros familiares.
3 dias depois da minha volta à Itacaré, recebemos o pai do Gui e esposa para passarem uns dias conosco.
E a partir dessas últimas vivências, e das trocas que tenho com alguns de vocês pelo direct no Instagram, tive o insight do artigo de hoje:
Nem só de alegrias vive um nômade.
Há muitas desvantagens e tristezas na jornada, uma delas é lidar com o que deixamos para trás.
No artigo de hoje, vamos aprofundar esse tema:
Se você me acompanha, imagino que a liberdade seja algo importante para você.
Talvez a estrada grite pelo seu nome tão alto que você não pode deixar de respondê-la – assim como acontece comigo.
Ao mesmo tempo, é possível que você se importe bastante com alguns aspectos da sua vida sedentária e fixa, como estar perto das pessoas que você ama – sua família e seus amigos.
Se esse é o seu caso, infelizmente as notícias não são boas…
Escolher viver pelo mundo é escolher viver longe, fisicamente, dessas pessoas.
Não tem outra saída.
Mas saiba que eu sinto a sua dor. E sei que essa é uma das travas mais comuns que impedem as pessoas de criarem uma vida mais livre.
No entanto, vou te contar agora qual é o pulo do gato. Escolher partir não significa deixar tudo que importa para você para trás.
Eu não canso de repetir! Ter uma vida com liberdade e autonomia não é o mesmo que viver à la Alexander Supertramp, queimar seu dinheiro e documentos e morar em uma kombi abandonada no meio do nada – no Alaska.
Existe essa possibilidade. Mas não é o que vivo e não é o que te ensino a fazer.
Então, se você busca uma vida livre, mas o medo de seguir em frente e deixar tudo para trás ainda te domina, minha orientação é: coloque na balança tudo o que importa para você!
Quão importante é manter sua presença física na vida das pessoas que você ama, construir memórias e histórias juntos, ter seus vínculos fortalecidos ao longo dos anos?
Quão importante é seguir seu próprio caminho e viver uma vida pelas estradas do mundo – ainda que isso signifique estar ausente fisicamente na maior parte do tempo?
Se sua resposta é: os dois pontos são importantes para mim, mas o segundo ainda mais… Você vai precisar descobrir como conciliá-los minimamente.
Meus pais são separados e eu cresci com 3 incríveis e amorosas famílias. A da minha mãe, a do meu pai e a do meu padrasto – e nos últimos anos ganhei de presente mais 2 pelo Gui, a da minha sogra e do meu sogro.
Quando criança e adolescente em Florianópolis, não havia um fim de semana em que eu não estivesse com alguma delas, seja em uma festa, churrasco ou em um simples jantar.
Natal e Ano Novo, então? Que memórias gostosas de relembrar!
Dito isso, deixa eu te fazer uma pergunta (que você já sabe a resposta, mas não custa te fazer refletir):
A relação que eu tinha com a minha família seria suficiente para me prender para sempre em Florianópolis, cidade de onde sou, apenas para viver mais momentos como esses citados?
Não.
Sabe por quê? Porque na minha balança da vida, a estrada importa mais.
Se você acompanhou essa reflexão até aqui, colheu seus insights e, na sua balança, chegou ao mesmo resultado que eu…
Deve estar se questionando: “Qual seria a saída?”. Caderninho de colheitas preparado? Se sim, anota a sua resposta para as seguintes questões:
As minhas soluções são:
* Combinar uma chamada de vídeo vez ou outra;
* Enviar presentes físicos em dias especiais para demonstrar meu carinho e a minha presença;
* Trocar uma ideia mais profunda pelo WhatsApp quando percebo que uma amiga está com tempo disponível…
Eu sei que essa opção pode ser um tanto distante da realidade de muitos de vocês, afinal, seu dinheiro hoje deve estar contado e seu foco é manter sua vida livre – e não voltar para o lugar de onde você saiu.
Mas se ter contato presencial com seus familiares ou amigos é algo realmente importante para você…
Talvez seja interessante organizar seu orçamento para contemplar uma visita a eles, em uma periodicidade que faça sentido para você e caiba no seu bolso.
As 2 formas que aplico na minha vida nômade para manter meus vínculos e não deixar nada que importa para trás não servirão necessariamente para você.
Crie o seu próprio plano de ação para conciliar, da forma que é possível, os dois mundos.
Por fim, quero deixar um lembrete amigável.
Depois de analisar os pesos na sua balança, você decidir ficar e abandonar a estrada, jamais cobre algo em troca de ninguém, muito menos das pessoas que você ama e que seguirão presentes fisicamente na sua vida.
A decisão perante sua vida e as consequências dela são todas suas. Escolha. E siga em paz com isso.
Se o tema deste artigo tocou seu coração, vem aprender e trocar comigo sobre isso nessa Aulão Gratuito disponível no meu Canal do Youtube.
Todas as quintas-feiras, às 19h19min, estou ao vivo por lá no Compromisso Com a Liberdade, nosso encontro semanal para você descobrir como criar sua vida livre e autônoma.
Esquecemos de pesar as desvantagens da vida nômade e idealizamos esse estilo de vida como se ele fosse a solução para todos os nossos problemas.
Mas não é isso que acontece na prática. E por isso muitos se frustam e desistem.
Eu espero que você analise os prós e contras de ter uma vida livre e decida com sabedoria. E se o nomadismo for para você, se joga.
Se precisa de ajuda para criar seu plano de ação e tirar sua vida nômade do papel, toca aqui e confira meus cursos e programas de acompanhamento.
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